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  3. Mosca-branca: praga global que atinge centenas de espécies de plantas
Os produtores rurais têm um grande inimigo em comum: a mosca-branca (Bemisia tabaci). Ela ataca mais de 700 espécies de plantas, dentre elas muitas de importância econômica como a soja, feijão, tomate, algodão, batata e melancia. Em alguns casos, essa praga chega a causar prejuízos na ordem de 50% da lavoura plantada, tanto pela baixa produtividade, como pela má qualidade da produção.


A mosca-branca é um inseto que se instala na parte inferior das folhas, suga a seiva e produz uma substância chamada “honey dew”, que é atrativa para o fungo causador da fumagina, doença que prejudica a fotossíntese. Além disso, o principal problema que envolve este inseto é que ele também é vetor para a transmissão de importantes doenças viróticas. Entre as mais graves, estão a necrose-da-haste na soja, o mosaico-dourado no feijão e o mosaico-comum do algodão, doenças que, com a evolução na planta, podem gerar grandes prejuízos
 
Aqui estamos falando da espécie Bemisia tabaci em geral, mas é bom destacar que existem vários biótipos desta praga. Sua adaptabilidade e sua ampla presença mundial indicam que a espécie reúne um complexo com mais de 40 biótipos diferentes. Sendo o biótipo B o mais importante e mais disseminado.

 A produção agrícola em larga escala e o clima quente são fatores que facilitam a proliferação da mosca-branca no Brasil. Seu ciclo de vida dura de 25 a 50 dias e é dividido nas seguintes fases: ovos, ninfa, pupa e adulto. Cada fêmea coloca de 100 a 300 ovos.
      
                                                  
                                                                                    Ciclo de vida da mosca-branca

Os ovos são amarelados, com formato de pera e não chegam a meio milímetro. Quando se tornam ninfas, se deslocam pelas folhas e se fixam nelas. Depois de aproximadamente três semanas, tornam-se adultos e vivem cerca de 20 dias. As fêmeas são um pouco maiores que os machos, mas não passam de 2 mm.

Esta praga exige do produtor rural uma atenção constante à lavoura. O monitoramento deve ocorrer semanalmente, em todas as fases do cultivo, para que, caso haja a infestação, ela seja controlada o mais rapidamente possível e, assim, diminuir os danos.

Conforme o monitoramento e o estágio em que a mosca-branca é observada, é possível traçar estratégias para seu controle na lavoura. Mas isso é assunto para um próximo artigo deste blog.
 
 Referências: 
 Lucas C.,TorresBrígida., Souza Bruno ., Amaral Ricardo & L. Tanque. 2007. Biologia e não-preferência para oviposição por Bemisia tabaci   (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae) em cultivares de algodoeiro. Crop Protection.

 BASTOS, C. S. RIBEIRO, A. V.; SUINAGA, F. A.; BRITO, S. M.; OLIVEIRA, A. A. S.; BARBOSA, T. M.; SANTOS, P. de J.; OLIVEIRA, D. V. V.; TELCHMANN,   Y. S. K. Resistência de plantas a insetos: contextualização e inserção no MIP. In: VISOTTO, L. E.; FERNADES, F. L.; CARVALHO FILHO, A.; LOPES, E.   A.; AQUINO, L. A.; GOD, P. I. V. G.; RUAS, R. A. A.; SOUSA-JUNIOR, J. M. (Eds). Avanços tecnológicos aplicados à pesquisa na produção vegetal.   Viçosa-MG: UFV, 2015. p. 32-72.
 
CONAB. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. SAFRA 2016/17- n. 12 - Décimo segundo levantamento. Brasília-DF: Conab: Brasília-DF, v.  4, n. 12, p. 1-158, 2017. 

 ARAÚJO, Euires Oliveira. Danos e dinâmica populacional de Bemisia tabaci em Cultivares de soja Bt. 2018. 46 f. Dissertação (Mestrado em   Defesa Sanitária Vegetal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.


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